O que é a vida boa?
O que fazer para
obtê-la?
Existem
pré-requisitos para alcançá-la?
Aquilo que
hoje chamamos de felicidade já foi objeto de curiosidade e estudo por muitos
autores desde a Antiguidade. Eles denominavam eudaimonia a vida boa, completa, abençoada. O que isso tem a ver
com o nosso conceito de felicidade? Embora a palavra εὐδαιμονία seja traduzida por
felicidade, o que a gente entende por isso é uma sensação interior, um estado
psicológico, algo bem diferente daquilo que os antigos queriam dizer quando
falavam em vida eudaimônica.
Além de
descobrir em que consiste uma vida feliz, devemos, é claro, nos perguntar o que
é preciso para obtê-la. Por acaso temos de agir de uma determinada forma?
Possuir determinados bens ou coisas? A felicidade é uma conquista ou uma
dádiva? Ela é algo duradouro ou efêmero? Quais são seus componentes essenciais?
Ela depende de coisas que estão em nosso poder, ou demanda coisas que não
estão?
Hoje, se a
pergunta for dirigida a qualquer criança que já esteja sintonizada com os
hábitos de nossa sociedade, ela será rápida em disparar: “precisamos de
dinheiro para ser felizes”. De fato, o dinheiro é uma grande moeda de troca,
passível de se converter em quase tudo em nossa cultura. Tanto que seria
extravagante pensar que podemos ser felizes sem ele. Mas sendo assim, de quanto
dinheiro precisamos para alcançarmos a felicidade?
Porque ganhar
dinheiro tem se tornado, em resumo, o objetivo da maioria das pessoas atualmente;
porque a noção de mercado tem crescido e invadido esferas da vida nunca antes
imaginadas, nossa primeira etapa rumo à compreensão do conceito de eudaimonia
será enfrentar a pergunta inevitável, que traz à tona um dos grandes dilemas de
nosso tempo: afinal, o dinheiro compra
tudo?
Critérios do debate
–
civilidade: ouvir o outro até o final, ter uma atitude respeitosa e de fato
refletir sobre o que o outro está dizendo. Ponderar.
– Argumentação consistente,
capacidade de convencimento
–
Participação de todos os integrantes na conversa. A conversa não pode girar em
torno de 3 ou 4 pessoas. Não é preciso entregar nada por escrito.
Objetivos do debate: – aprender com o outro,
confrontar ideias verbalmente
– enfrentar o desafio de
construir argumentos e expressá-los
Recursos que podem
enriquecer o debate:
– apresentar citações, exemplos,
casos reais para ilustrar ou convencer
– empenhar-se numa boa retórica,
explorar o uso da voz, do olhar, de gestos
– na hora e
na dose certa, uma pitada de bom humor, de ironia ou mesmo de teatralidade é
bem vinda.