quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Debate sobre as escolas militares (3º ano)





















Ao concluirmos o capítulo 26 do Filosofando, estudando as tendências naturalista e humanista, somos levados a refletir sobre seus desdobramentos, sobre a diferença entre o que propõe o behaviorismo e o que uma proposta como a psicanálise representa.

São caminhos diferentes. Enquanto a psicanálise se propõe a valorizar e elucidar aspectos como a consciência, a liberdade e a subjetividade, o behaviorismo, como o próprio nome sugere, preconiza o controle do comportamento.

Para explorar a oposição entre essas duas tendências, nós vamos debater os fatores em torno dos bons índices apresentados pelas escolas militares, em especial no ENEM. É uma questão sensível e polêmica, de interesse do aluno do Ensino Médio. Queremos, a partir dela,  identificar as nuanças, vantagens e lacunas que cada uma das tendências que estudamos pode trazer. Além do ganho em debater a aplicabilidade dos aspectos teóricos e metodológicos das tendências, um debate como esse nos ajuda a repensar diferentes ângulos da nossa formação, bem como nos familiariza com as condições a partir das quais podemos falar em aprendizagem e desempenho.  

Para o debate, nós vamos dividir a turma em dois grupos. O primeiro tem a tarefa de fazer uma defesa das escolas militares, destacando seus ganhos, acertos e resultados. O segundo grupo vai identificar as lacunas do ensino militar, problematizar um possível reducionismo no tipo de formação oferecida, e apresentar dados que mostram como, em condições iguais, escolas públicas não militarizadas podem concorrer em pé de igualdade com as militarizadas. Outros pontos aparecem transversalmente nessa discussão, como você pode ver a partir das reportagens.  

Dentre as indagações que vêm à tona nesse debate, poderíamos destacar:

- Quando e por que priorizar a disciplina em detrimento de escolhas e perfis individuais?
- Quais os estigmas que ontem e hoje subsistem no conceito de escola militar? Eles têm fundamento?
- Há algo de errado no conceito de subjetividade? Apregoado em toda parte, na escola (seja ela militar ou não) ele quase sempre não é bem-vindo.
- O que explica a grande procura das comunidades pela escola militar?
- O que temos na escola pública de alternativas bem sucedidas para enfrentar problemas conhecidos como a violência, a evasão escolar e o déficit dos alunos?
- A educação militarizada garante uma formação integral? Prepara o indivíduo para a vida não hierárquica em sociedade? Torna-o apto para o exercício da cidadania?
- A disciplina, exclusivamente, responde por quanto da boa pontuação em exames externos?
- Escolas militares são para todos os perfis? As pessoas que fazem a sua defesa... topariam o desafio de estudar nela?
- O que há de acertado e de temerário em militarizar escolas onde a violência e problemas típicos da periferia cobrem o seu entorno?
-  O que as comparações entre escolas públicas versus militares revelam sobre a educação familiar em nossa sociedade hoje?
- É possível sustentar a tese de que a escola – refém de modismos educacionais – e a família – alvo de fortes influências culturais – são vítimas de algo maior que as impactada, confunde e enfraquece?
- Os argumentos de Tania Zaguri, a filósofa e profª da UFRJ, para melhorar e reencaminhar a escola pública são convincentes? Ela problematiza bem os desafios da escola, mas consegue apontar soluções consistentes?


- Só poderá participar do debate quem tiver lido as reportagens.
- Dê uma atençãozinha para as datas das reportagens: tem coisa de 2013 a 2019. O contexto e os números sofrem alterações.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Debate sobre liberdade (2º ano)


Aqui estão os textos que servirão de base para nosso debate sobre liberdade. Esta atividade é importantíssima e representa o fechamento do que a gente vem discutindo. Clique aqui para baixar os artigos. Antes de lê-los, primeiro confira algumas considerações e encaminhamentos.
Bem, até agora nós vínhamos estudando e discutindo diferentes construções do conceito de liberdade, passando por inúmeros autores, em diversos contextos. Já temos uma bagagem. Nesse debate de encerramento, nós vamos voltar o nosso olhar para questões atuais que envolvem o nosso dia a dia.
Já no séc. 17, portanto na modernidade, vemos ganhar contornos uma versão do conceito de liberdade como não impedimento, ou seja, uma liberdade negativa. Trata-se da ideia de que o indivíduo, respeitando os limites estabelecidos pelo contrato social, não pode ser impedido de projetar e buscar seus objetivos ideais e materiais. Em outras palavras, a pessoa será tanto mais livre quanto menos o Estado se meter na vida dela.
Esse conceito é muito importante e a sua maior ou menor eficácia nos dias de hoje é objeto de discussões acaloradas, que valem um debate. Numa sociedade como a nossa, que alardeia uma noção de subjetividade que obviamente ultrapassa as construções modernas, a efetividade da liberdade negativa – algo que seria então indispensável – enfrenta constrangimentos elementares.
Em nosso debate, vamos explorar esse tema, abordando as tensões, ambiguidades e contradições presentes em nosso contexto atual: de um lado o avanço dos direitos, de uma consciência coletiva e da busca por uma sociedade mais solidária e menos desigual. De outro lado, o aumento da tipificação e monitoramento das condutas, o crescimento da burocracia e do Estado que, invadindo a liberdade do indivíduo, começa a legislar sobre temas outrora reservados exclusivamente à família ou à religião.
Onde o Estado pode, onde o Estado não deve se meter? Como promessas, revestidas de uma aura de avanços, se tornam engodos? Onde termina a utopia e começam os exageros? Em nossa sociedade, o que o indivíduo pode seguramente esperar em termos de liberdade? O estado pode cuidar do indivíduo como uma mãe cuida do filho? Que decisões, de natureza individual, nós estamos transferindo perigosamente para o coletivo? Que riscos corremos ao fazer isso? Onde, em nossa sociedade, a liberdade respira límpida e intrépida?
Encaminhamentos práticos:
- Antes de começar o debate, que a turma já tenha decidido como serão divididos os dois grupos: se entre pares x ímpares, se entre meninos x meninas. O primeiro dos grupos vai fundamentar o SIM às ações de caráter interventivo por parte do Estado. O segundo grupo vai fundamentar o NÃO, defendendo a dimensão individual frente ao coletivo.  
- Atenção: ter lido as reportagens é condição de possibilidade para participar do debate.  
- A atividade vale 40 pontos e os alunos devem mostrar que sacaram os pontos de destaque das reportagens, evitando assim frivolidades, superficialidades e divagações.

domingo, 1 de setembro de 2019

Glossário de termos da psicanálise (3º ano)


A atividade é individual e consiste em duas partes.

Na primeira parte você vai pesquisar e confeccionar um glossário com termos essenciais da psicanálise. São as questões 1 a 8. Clique aqui para baixar a atividade.

Na segunda parte, você deve assistir ao vídeo “Existe futuro para a psicanálise?” e responder às questões 9 a 12.

Depois de imprimir a atividade, responda tudo à lápis e cole no caderno. A vistagem dessas questões será no caderno e valerá 30 pontos. Ao final, faremos uma correção. Com as respostas à lápis, fica fácil você acrescentar alguma coisa que faltou ou corrigir algo que não estiver de acordo.  

Fica combinado de fazermos a vistagem na primeira aula da semana de 9 a 13 de setembro.

Aqui você pode conferir alguns vídeos do Prof. Christian Dunker explicando termos clássicos da psicanálise. É só uma sugestão. De preferência, procure outras fontes.